Últimas notícias
Em declarações à imprensa após a votação final global do Orçamento Suplementar, esta sexta-feira, Rui Rio frisou que “deu a mão ao País” e que “aquilo que houve, da parte do PS, foi alguma abertura para [acolher] algumas propostas” do PSD em sede de especialidade. Aliás, a esse propósito, Rui Rio começou por explicar que duas propostas “vitais” “foram reprovadas pela denominada geringonça”, nomeadamente o pagamento aos fornecedores a 30 dias para toda a Administração Pública e a obrigatoriedade de o Governo informar previamente o Parlamento antes de injetar dinheiro na TAP.
Rui Rio sublinha que “se não houvesse Orçamento Suplementar, isso seria dramático para o País”, pois “não haveria sequer dinheiro” para assegurar as funções essenciais do Estado.
Ainda sobre a TAP, Rui Rio sublinhou que, na primeira oportunidade, após a atual intervenção, o Estado deve proceder à venda da participação que vai adquirir ao principal acionista privado. Para já, Rui Rio defende que a companhia tem de servir o interesse público, isto é, deve ser “uma empresa nacional, que atende ao território como um todo”, e não uma empresa regional que concentra toda a operação em Lisboa.
O líder do PSD reafirmou que quer “um plano de negócios e de reestruturação credível”, para evitar que a TAP possa tornar-se numa “espécie de Novo Banco”. “Se esse plano não existe, não é credível ou não é devidamente sustentado, eu estarei contra a injeção de dinheiro na TAP. Isso significa estar a meter dinheiro para amanhã meter mais. E a TAP fica uma espécie de Novo Banco. (…) Deve ter controlo quem mete dinheiro. Mas agora é preciso um controlo para colocar a empresa em condições de ela ser viável”, referiu.
Comentando a aprovação do apoio excecional aos sócios-gerentes, Rui Rio considera que “não há qualquer bloco central”, porque o PSD limitou-se a recuperar a sua proposta inicial, e trata-se de uma matéria socialmente justa.
Sobre as medidas do PSD para credibilizar o Parlamento, neste caso concreto, Rui Rio diz que o modelo dos debates que o PSD propõe é aquele que corresponde melhor aos interesses do País. “Temos de olhar aquilo que é do interesse público, e não do meu interesse pessoal”, observou.
“Sei bem como o Parlamento funciona e só tem a ganhar em ser credibilizado”, acrescentou, referindo-se à criação do Conselho de Transparência e Estatuto dos Deputados, constituído maioritariamente por personalidades que não sejam deputados na atual e na anterior legislatura.
O Presidente do PSD saudou a indicação pelo PS do antigo líder parlamentar socialista Francisco Assis para presidir ao Conselho Económico e Social e considera haver condições para eleger órgãos externos da Assembleia da República, recusando que tenha havido qualquer acordo entre o PSD e o PS. “Os nomes escolhidos de parte a parte são sensatos”, precisou.