PSD é a única alternativa reformista capaz de recuperar o SNS, com rigor e sem facilitismos

9 de dezembro de 2021
Grupo Parlamentar Saúde

O PSD faz um balanço negativo dos seis anos de governação socialista, que “colocaram em causa a existência futura do Serviço Nacional de Saúde”.  Num debate sobre saúde na Comissão Permanente requerido pelos social-democratas, esta quinta-feira, o vice-presidente da bancada Ricardo Baptista Leite acusou o Governo socialista de ter falhado “na proteção da saúde dos portugueses” e de não ter “planeamento” nem “estratégia” na política de saúde.
 
“Há hoje mais de um milhão de portugueses sem Médico de Família. Cuidados de saúde primários fragilizados, com milhares de profissionais exaustos e doentes meses à espera para uma simples consulta no centro de saúde. O agravamento dos tempos de espera no SNS é mesmo a marca da incapacidade de governação do Partido Socialista na Saúde”, apontou Ricardo Baptista Leite, para quem os tempos de espera em hospitais como os de Setúbal, Faro ou Dona Estefânia, em Lisboa, são “absolutamente intoleráveis”.
 
Um “estado de calamidade” visível na “maioria dos Hospitais do SNS”, denuncia o PSD, com uma sucessão de “ruturas e o fecho nas unidades hospitalares, principalmente ao nível dos serviços de urgência. É assim em Braga, no Porto, na Póvoa de Varzim, na Guarda, em Leiria, Vila Franca de Xira, Lisboa, Portalegre, Setúbal, Algarve, e os exemplos podiam infelizmente continuar”, elencou o deputado social-democrata.
 
Defendendo que “os profissionais de saúde são o pilar que sustenta o sistema de saúde português, e o SNS em particular”, Ricardo Baptista Leite acusou a ministra da Saúde de os ter ofendido “gratuita e incompreensivelmente, acusando-os de terem pouca ‘resiliência’”.
 
“Considera pouco resilientes aqueles que no início da pandemia arriscaram a sua segurança e a saúde dos seus entes queridos, para tratar os doentes COVID-19 quando pouco ou nada se sabia sobre o vírus? Ou considera pouco resilientes aqueles que fazem milhões de horas extraordinárias, deixando muitas vezes as suas famílias para trás, de modo a manter os serviços de saúde a funcionar?”, questionou o social-democrata, para concluir que “‘resiliência’ é os profissionais continuarem a trabalhar pelos doentes e a lutar pelo SNS, apesar” da governação socialista.
 
Apontando as próximas eleições legislativas de 30 de janeiro como “a hora de mudar”, Ricardo Baptista Leite afirma que o PSD se assume como “a única alternativa reformista capaz de recuperar o Serviço Nacional de Saúde, com rigor e sem facilitismos”, dando ao País “uma visão para o futuro da saúde, que, em seis anos de governo, os socialistas foram incapazes de oferecer”.