O PSD insiste que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), elaborado pelo Governo, menoriza as empresas na distribuição de verbas. Depois de o PSD ter reunido com o Governo antes deste entregar em Bruxelas a versão definitiva do PRR, Adão Silva lamentou que, apesar das críticas iniciais, o Governo tenha mantido a opção de não apostar nas empresas.
“Nós mantemos a crítica de que há uma menorização das empresas neste processo e era muito importante que fossem mais acompanhadas, mais estimuladas”, afirmou o líder parlamentar do PSD, adiantando que os sociais-democratas entendem que a reabilitação e recuperação do país passa, em muito, pelas nossas empresas.
Adão Silva afirmou ainda que dos “breves tópicos” do PRR a que o PSD teve acesso, não ficou claro que “estejam incorporados os vários contributos pelo PSD, particularmente os que foram dados pelo Conselho Estratégico Nacional”. Contudo, o social-democrata assinalou que consta um reforço das verbas destinadas à Cultura, algo pelo que os deputados do PSD se “tinham batido”.
A terminar, Adão Silva mostrou-se preocupado pelo facto de corrermos o risco de chegar ao fim da presidência portuguesa do Conselho Europeu, que termina em junho, sem que Portugal possa usar “um cêntimo dos milhares de milhões” previstos no PRR. No momento em que cerca de dez países ainda não fizeram a necessária ratificação dos recursos próprios e quando existe um recurso pendente no Tribunal Constitucional alemão, o social-democrata frisa que “seria lastimável que a presidência portuguesa decorresse sem que, até ao fim, não estivesse já a ser utilizada a verba disponível por este plano europeu”.