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Duarte Marques afirma que as tragédias dos incêndios alteraram a perceção de segurança por parte dos cidadãos, sobretudo os que vivem no interior e nos territórios mais desertificados. Na opinião do parlamentar, a ameaça dos incêndios provocou e provoca “um sentimento de insegurança, impotência e fragilidade, que nenhum cidadão deveria ser obrigado a experienciar. É de uma violência atroz verem-se casas, empresas, culturas, trabalho de décadas e vidas a serem levadas pelas chamas de um minuto para o outro.”
Perante a falta de soluções para este problema, o deputado afirmou que é revoltante ver a “falta de humildade e compromisso” de um Governo que, de ano para ano, adia a verdadeira reforma da Floresta, não reforça a eficiência da Proteção Civil, a formação dos agentes, a exigência das escolhas das chefias ou a coordenação entre forças no terreno, e que “parece sempre mais preocupado com a comunicação e com a sua imagem. Se o Governo fosse tão bom a reformar como é a promover a sua imagem estávamos safos”, assinalou o deputado.
No debate sobre a “Autoridade do Estado e Segurança dos Cidadãos”, Duarte Marques afirmou ainda que esta perceção de insegurança não resulta apenas da ameaça dos incêndios. “É sim uma consequência da cada vez menor presença de efetivos das forças de segurança, em particular da GNR, chegando-se ao ponto de, em muitas concelhos do nosso país, uma única patrulha ser responsável por três concelhos. Os idosos já não se sentem seguros nas suas casas. Os pais hesitam em deixar os seus filhos durante as férias com os avós nas aldeias do interior. Isto também é uma tragédia.”
Para Duarte Marques, não estamos em tempo de ignorar problemas, mas sim de procurar soluções. “Basta de meias-desculpas, de meias-verdades, meias-reformas. É tempo de falar verdade e de agir em conformidade. Não pode haver cidadãos de primeira e segunda”, enfatizou o social-democrata.
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