O acesso dos portugueses à saúde é uma “Via Sacra”

26 de junho de 2020
Grupo Parlamentar

António Maló de Abreu alerta que, para muitos portugueses, o acesso à saúde de que necessitam é uma “Via Sacra”, adiantando o deputado que “a procissão saiu do adro muito antes da pandemia.”

No debate de iniciativas com vista à recuperação da atividade programada no Serviço Nacional de Saúde, o deputado recordou que os dados do próprio governo revelam que diminuiu o número de cirurgias programadas nos hospitais entre 2017 e 2018, que diminuiu o número de consultas médicas presenciais nos cuidados primários entre 2015 e 2018 e que o tempo médio de resposta a doentes operados aumentou de 27 para 39 dias e o número de doentes em espera para uma operação aumentou de 197 para 245 mil.

Com a pandemia, sabemos que o acesso ao SNS piorou muito, tendo a própria Ministra da Saúde reconhecido que “só até abril ficaram por realizar, nos cuidados primários, 840 mil consultas médicas e 1 milhão de consultas de enfermagem. E nos cuidados hospitalares foram adiadas 51 mil cirurgias, 400 mil atendimentos em serviços de urgência e 540 mil consultas de especialidade.”

Para Maló de Abreu, estes números revelam “uma preocupante degradação do SNS” e levam o PSD a apoiar todas as propostas que apostem na recuperação das consultas, exames e cirurgias no SNS. “Nós temos uma só prioridade: as pessoas”, rematou o deputado.

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