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Por considerar que o Estado de Emergência é sobretudo um teste à confiança nas instituições, na política e na democracia, Hugo Carvalho afirma que “é com pena que iniciamos 2021 com o país em Estado de Emergência e com ainda maior preocupação que o iniciamos também com o Governo em Estado de Calamidade.”
De acordo com o deputado do PSD, dia após dia, ministro após ministro, caso após caso, “o Governo desfaz a credibilidade dos seus membros e demonstra sucessivas deficiências na capacidade de liderar a Administração Pública”.
No debate sobre o pedido de autorização da renovação do Estado de Emergência, Hugo Carvalho frisou que “o Governo desbaratou a confiança que os portugueses em si depositaram. Escolheu segurar ministros em vez de segurar ministérios. Escolheu lançar cortinas de fumo sobre os problemas em vez de melhorar os serviços. Escolheu tratar dos seus, em vez de encorajar o mérito e apoiar os trabalhadores do Estado.”
Segundo o parlamentar, o Governo está neste estado “por culpa própria”, tem o demérito de se ter fragilizado a si próprio e tem “a falta de humildade para assumir as suas falhas e aplicar as devidas consequências.”
Em sentido contrário, adianta o deputado, o PSD está do lado dos portugueses, contra uma pandemia que não escolhe pessoas, nem países, e muito menos ideologias partidárias.
Antes, na discussão do Relatório sobre a aplicação da Declaração do Estado de Emergência no período de 9 a 23 de dezembro de 2020, Márcia Passos criticou o documento por este ser “meramente descritivo” e não ter dados concretos acerca do real impacto das medidas adotadas na evolução dos internamentos, dos infetados e da taxa de mortalidade.
Além disso, frisou a deputada, é um relatório que preocupa o PSD porque aponta para a repetição de um erro passado e de um grave erro: a desvalorização do que vai acontecendo pela europa e pelo mundo. “Agora, com uma nova estirpe do vírus, temos o Reino Unido, em nível máximo de alerta. Cá, temos médicos a alertar para o esgotamento da capacidade do serviço nacional de saúde. E o Governo continua a incorrer em erros: erros quando deixa para trás os mais idosos, os mais vulneráveis, no plano de vacinação; erros no relatório com afirmações que nem se percebem.”
Tendo em conta este cenário, Márcia Passos contestou a atitude de desvalorização recorrente do Governo e exigiu “outra atitude” por parte do Executivo.