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O PSD considera que os desafios que o país enfrenta não permitem que a governação continue sem decisões firmes e se mantenha “ao sabor da maré”. Numa declaração política no Parlamento, Nuno Carvalho criticou a falta de planeamento e as indecisões de um governo que continua “à espera dos ventos que possam soprar da esquerda ou da direita”.
Estas indecisões, adianta o deputado, são mais visíveis no setor da saúde, uma área em que o Governo tem a “mente fechada para investir no Serviço Nacional de Saúde, mas mantém constantemente a boca aberta para dizer que o defende.”
Consequência dessa indefinição e das críticas da Ministra da Saúde à falta de resiliência dos profissionais, refere o social-democrata, são as várias demissões que aconteceram em hospitais por todos o país. Apesar de, mais tarde, ter pedido desculpa aos médicos, Nuno Carvalho afirma que a “Ministra da Saúde ainda não percebeu que não exigiu apenas mais resiliência aos profissionais de saúde. Exigiu também resiliência aos doentes que não são diagnosticados nem tratados porque o Serviço Nacional de Saúde está no limite.”
De seguida, Nuno Carvalho criticou o comportamento do Primeiro-Ministro por durante o verão se ter declarado vitorioso no combate à pandemia e anunciado a libertação total da sociedade. “O Primeiro-Ministro quer declarar-se vitorioso no combate à pandemia. Mas uma auto declaração de vitória é errada. Não só porque a pandemia e os seus impactos ainda não terminaram. Mas também porque quem vence a pandemia é o esforço coletivo dos portugueses, não é António Costa”, sublinhou.
Para o deputado, a atitude correta do Governo seria focar-se nas decisões que habilitem o país a superar a pandemia. Contudo, remata, “se o Governo queria reclamar méritos hoje tinha que saber tomar decisões no passado.”