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Adão Silva afirma que “mete pena” ver o Ministro do Ambiente a atacar os cidadãos para dizer que a EDP não tem nada que pagar impostos, em vez de se preocupar em defender os contribuintes. Em entrevista à Hora da Verdade, PÚBLICO/Rádio Renascença, o líder parlamentar do PSD afirma que os portugueses não perceberiam que o negócio da venda das barragens da EDP à Engi não pagasse impostos: “voltaríamos aquela máxima de que o Governo é fraco com os fortes em termos de impostos. E como eles não os pagam, é forte com os fracos, que somos nós que os pagamos.”
Adão Silva fala em “opacidade e falta de transparência” e alerta que “podemos ter aberto uma enorme cratera do ponto de vista do não pagamento de impostos em variadíssimas circunstâncias.”
Questiona sobre se sobre a possibilidade de haver indícios de crime neste negócio, o social-democrata não afastou essa possibilidade. “Soube-se ontem a que a APA deu pareceres negativos e depois aquilo foi convertido em pareceres positivos. Depois muito circunstancialmente é alterado o artigo 60.º do estatuto dos benefícios fiscais. Muito oportuno, alarga a possibilidade das isenções em operações. É uma sensação de que foi tudo muito rápido, muito atabalhoado, com a EDP e o seu potencial brutal de consultores a dizerem quais as regras do jogo e um ministro do Ambiente completamente passivo e recetivo, do tipo ‘quem manda aqui é a EDP’, e, obviamente, a EDP não é dona de Portugal.”